segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A Risperidona deverá estar disponível no início de 2015. Ministério da Saúde investirá R$ 669 mil para
 a compra do remédio.
O Sistema Único de Saúde passará a oferecer o primeiro medicamento para tratar os sintomas do autismo.
O medicamento, conhecido como Risperidona, será incorporado pelo Ministério da Saúde na rede pública
 e irá auxiliar na diminuição das crises de irritação, agressividade e agitação, sintomas comuns em pacientes
 com a síndrome. A estimativa é de que o tratamento esteja disponível para a população a partir do início
 de 2015 e que beneficie cerca de 19 mil pacientes por ano.
O autismo aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e
medicamentos, como o Risperidona, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes
 e suas famílias.
 O autista olha pouco para as pessoas, não reconhece nome e tem dificuldade de comunicação e interação com a sociedade.
Muitos pacientes apresentam comportamento agressivo, agitado e isso exige cuidado e
 dedicação permanente.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha,
a incorporação do medicamento faz parte de um esforço do Ministério da Saúde em avaliar
permanentemente a ampliação da oferta de medicamentos no SUS. “A política de incorporação
tecnológica é muito ativa. Nos últimos dois anos e meio, o Ministério incorporou 111 novas tecnologias,
 sendo 70% medicamentos, triplicando a média anual de incorporações”, avalia.
De acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 70 milhões de pessoas no mundo
tenham a síndrome. No Brasil, a estimativa é de este número alcance dois milhões de pessoas.
 A expectativa é que o Ministério da Saúde invista R$ 669 mil para a compra do remédio.
Segundo a coordenadora-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde,
 Vera Mendes, a medicação associada ao conjunto de terapêuticas ofertado pelo SUS é fundamental
para o desempenho da criança. “O remédio vai ajudar a regular os sintomas comportamentais deixando
 o paciente mais apto e equilibrado na prática de suas atividades, além de melhorar seu convívio na
 vida social e familiar”, destaca.
Para o atendimento do autismo na rede pública, são realizadas nas mais de 40 mil Unidades Básicas
 de Saúde ações de habilitação e reabilitação coordenadas por equipe multiprofissional, focados nas
 dimensões cognitivas e de linguagem oral, escrita e não-verbal, incluindo intervenções educativas e comportamentais direcionadas aos sintomas. Os pacientes também podem ser acolhidos em um dos
 102 Centros Especializados em Reabilitação habilitados pelo Ministério da Saúde.
INCORPORAÇÃO - A inclusão de qualquer medicamento no SUS obedece às regras da Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que exige comprovação da eficácia,
custo-efetividade e segurança do produto por meio de evidência clínica consolidada e assim garante
 a proteção do cidadão que fará uso do medicamento. Após a incorporação, o medicamento ou
tecnologia pode levar até 180 dias para estar disponível ao paciente.
Por Vera Stumm, da Agência Saúde 
Atendimento à Imprensa 

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