sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Cresce o aproveitamento de córneas para transplante no Brasil

27 de setembro de 2013
O aproveitamento das córneas doadas para transplante no Brasil vem melhorando nos últimos quatro anos. Este é um dos dados do Relatório de Avaliação dos Bancos de Tecidos Humanos, publicado pela Anvisa. O documento faz um retrato da atividade dos bancos que armazenam tecidos oculares, tecidos musculoesqueléticos e os bancos de pele do país. Ao todo foram monitorados 59 bancos que trabalham com pelo menos um destes tecidos.
No caso dos bancos de olhos, os dados mostram quem em 2012 foram colocadas à disposição para transplante 16.505 córneas em todo o Brasil. Com isso, o número de córneas descartadas que era de 51% em 2009, caiu para 36% em 2012, o que demonstra que o país tem sido mais eficiente na coleta e no tratamento dos tecidos oculares. No mesmo período, 459 córneas foram entregues para pesquisa, ensino e treinamento de profissionais de saúde.
Os cinco estados com os maior número de doadores de globos oculares e córneas em 2012 foram, em ordem decrescente: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Os principais motivos para a perda de córneas no país estão relacionados à presença de hepatite B, adequação à finalidade que se destina a doação, qualidade, e a presença de hepatite C.
Os Bancos de Tecidos Humanos realizam as etapas que vão desde a triagem clínica e laboratorial dos doadores até a disposição para o uso em transplantes e enxertos.
Bancos de Pele
O Brasil possui três bancos de pele em funcionamento. O mais antigo deles é o Banco de Tecidos Humanos Dr. Roberto Corrêa Chem, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Em 2012 entrou em funcionamento o banco de peles do Hospital das Clínicas da USP e o banco do Instituto de Medicina Integral de Pernambuco. Juntos estes bancos foram responsáveis pela doação de 42.170 cm² de pele em 2012. O valor representa um crescimento de 87,7% na produção de pele humana no Brasil.
Tecidos musculoesqueléticos
O país tem sete bancos de tecidos musculoesqueléticos, também conhecidos como banco de ossos. Estes serviços englobam a coleta de ossos, tendão, fáscia e cartilagem retiradas do doador. Em 2012, estes bancos foram responsáveis por 22.481 unidades utilizadas em tratamentos odontológicos e 1.547 tratamentos ortopédicos.  O número de peças de tecidos musculoesqueléticos obtidas no ano de 2012 foi de 1.681 originárias de 612 diferentes doadores.
No caso dos tecidos musculoesqueléticos, a principal causa de descarte dos doadores está relacionada à contaminação bacteriana e o não atendimento ao padrão estabelecido pelo banco de ossos.
A avaliação dos indicadores de qualidade de forma individualizada por Banco inova o monitoramento da produção dos bancos de tecidos. Esta ação em conjunto com as inspeções realizadas pelas vigilâncias sanitárias dos estados e municícipios complementam a avaliação de risco destes serviços no país. A publicação do relatório visa divulgar as informações de interesse público a fim de incentivar o desenvolvimento dos bancos de tecidos.

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